sexta-feira, 21 de maio de 2010

(Eram 10h15 do dia 22 de Maio de 1995, quando foi recebida a informação via telefone (D. Gabriela) da Junta Central do C.N.E. ao Chefe Fundador José António Goulart:
Está oficializado o Agrupamento de Nossa Senhora da Conceição, com o número 1064, Paróquia da Conceição - Freguesia de Conceição - Concelho de Horta - Açores.)


Assim, nasceu o terceiro Agrupamento de Escuteiros na Ilha do Faial.
Foi há 15 anos atrás que a nossa história começou,
Nos jogos e corridas a amizade nos juntou.
A ideia era comum, Jesus Cristo p'ra modelo,
Fazendo como B.P., deixar o mundo mais belo.
Na Cripta nos reuníamos, a nossa sede de brincadeiras,
E todos nos conheciam por vivermos sem fronteiras.
Fomos Guerreiros em batalhas que ninguém pode imaginar,
Vivemos mil aventuras, fomos heróis sem pensar.
1064, somos toda esta gente
Que quer viver a vida de uma forma diferente
1064, somos muitos, já fomos mais,
uns ficaram, outros partiram, mas não esqueceremos jamais.
Os anos foram passando, muita coisa se alterou,
A velha cripta abandonámos, mas o ideal não mudou.
Na farda que vestimos a certeza de acreditar,
Que o Escuta verdadeiro o mundo pode mudar.
São tempos de escalada, de longos raids caminhando,
Com a certeza no coração que se faz caminho andando.
Tantas noites de Vigília, de Louvor e de Oração,
À volta da Fogueira sempre ao som de uma canção...
Dedico estas simples quadras ao meu (e aos que o sentirem também seu) Agrupamento 1064 pela passagem do seu 15º. aniversário. Bem hajam todos que, ao meu lado, tomaram em ombros tão pesada decisão.
José Antonio Goulart (Coelho Bravo)
«O Escutismo é um Movimento cuja finalidade é educar a próxima geração como cidadãos úteis e de vistas largas. A nossa intenção é formar Homens e Mulheres que saibam dicidir por si próprios, possuidores de 3 dons fundamentais: Saúde, Felicidade e Espírito de Serviço.»
Baden Powell, Fundador do Escutismo.







quarta-feira, 12 de maio de 2010

Escuteiros da Conceição em Encontro Nacional do ECOs-Locais

Nos dias 17 e 18 de Abril realizou-se, em Aveiro e São Jacinto, o Encontro Nacional do ECOs-Locais que contou com a participação do Agrupamentos de Escuteiros da Freguesia da Conceição.
A Equipa Puma (Pioneiros) do Agrupamento 1064 do Corpo Nacional de Escutas, apresentou o projecto intitulado “Biodiversidade”.
A equipa do Faial foi composta por Nelson Brum, Patrícia, Susana e Tatiana Meirinho e ainda pelo Dirigente, José António Goulart.
O evento teve, de acordo com informação enviada à nossa redacção, uma componente lúdica e didáctica com actividades de cooperação destinadas aos escuteiros e população local.
O ECOs-Locais é um projecto de educação e cidadania ambiental, de âmbito Nacional, que promove a participação e responsabilização dos jovens e da Comunidade envolvente na prevenção e resolução dos problemas ambientais ao nível local.












É um projecto da responsabilidade da LPN, com a parceria do Corpo Nacional de Escutas (CNE) e do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR (SEPNA). Tem financiamento do EEA Grants, Fundo ONG – Componente Ambiente.
A Sessão Pública do Encontro teve lugar no dia 17 de manhã, no Centro de Congressos de Aveiro, e conteve a intervenção da Ministra do Ambiente, Dulce Pássaro.
Todos os intervenientes elogiaram o projecto ECOs-Locais, dando ênfase à sua importância como ferramenta de educação e cidadania ambiental e de cooperação entre entidades.
Na Sessão Pública foi realizada a apresentação do projecto ECOs-Locais, dando especial relevo aos seus objectivos, à implementação e resultados da fase piloto, que decorre até finais de Maio, e aos futuros desafios do projecto.
Actualmente há 18 equipas inscritas, tendo tido 4 a oportunidade de apresentarem no Encontro o seu trabalho e as ECO-Acções que desenvolveram. No final decorreu a entrega das insígnias do ECOs-Locais aos elementos das equipas participantes, realizada pelos dirigentes da LPN, CNE e SEPNA.






Na parte da tarde do dia 17 de Abril, as actividades tiveram continuidade, agora em São Jacinto e dirigidas especialmente aos escuteiros. Estes, divididos por equipas, foram desafiados a realizar um Diagnóstico Ambiental à vila de São Jacinto, tendo depois que apresentar os resultados e as soluções propostas ao Presidente da Junta de Freguesia de São Jacinto e à coordenadora da Reserva Natural das Dunas de São Jacinto, tal como aos restantes colegas. Seguiram-se vários jogos e dinâmicas que possibilitaram o convívio, partilha de experiências e sensibilização.
No dia 18 de Abril foram realizadas várias ECO-Acções, algumas que deram resposta a situações detectadas no diagnóstico realizado no dia anterior. Estas acções tiveram lugar na vila de São Jacinto e abrangeram a sensibilização da comunidade para os resíduos, desde a recolha do lixo das ruas a actividades relacionadas com a sua separação para reciclagem, a plantação de árvores e arbustos e a eliminação de algumas espécies exóticas muito abundantes na zona. Estas acções foram realizadas com a colaboração da Junta de Freguesia e envolveram a população de São Jacinto.

Excerto do Livro "Caminho do Triunfo" - Baden Powell

É um texto que tem muito significado para mim, espero que também tenha para vocês.

"Embalaram-te nos costumes, mobilaram-te com as suas pregações.Encharcaram-te de convenções até à medula;Mas não ouves a selva que te chama?Vamos sondar os lugares do silêncio, procuremos a sorte que vier,Viajemos para uma terra solitária que conheço;O vento nocturno está a segredarmos, fulgura uma estrela que nos guia,E a selva chama, chama por nós.... Vamos.Já sofreste, tiveste fome e triunfaste, andaste de rojo e contudo tentaste aferrar a glória,Tornando-te grande na grandeza do conjunto?"Fizeste coisas" só por fazê-las, deixando que os palavrosos contassem a historia a seu modo,Vendo a alma nua através de fino verniz?Já viste DEUS em Seus esplendores, ouviste o texto que a natureza te repete?(Nunca o ouvirás no banco familiar da igreja)As coisas simples, as coisas verdadeiras, os homens calados que fazem as coisas? -Ouve então a selva que te chama.

in "A Caminho do Triunfo" ,Baden Powell. "

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Quem sai a ganhar afinal?

Como vai sendo habitual em todos os agrupamentos, como em qualquer sitio em que adultos têm de trabalhar juntos, supostamente para um mesmo objectivo, as diferentes ideias e formas de gerir as situações, levam a guerras acesas entre aqueles que deveriam ser o sustento basilar de qualquer agrupamento, ou seja, os Dirigentes e Animadores.

O problema, no meu ver, está quando agarramos nas diferentes ideias (que é uma coisa boa) e usamo-las de uma forma divergente, acabando estas por nunca se cruzarem e termos todos pontos de vista demasiadamente afastados para se conseguir chegar a um consenso, quando o mais útil seria convergir essas mesmas ideias para um só ponto, as crianças/jovens.

Como ouvi alguém dizer, numa formação, "Um ponto de vista é exactamente isso, é ter uma visão sobre um ponto. Diferentes pontos de vista, são apenas diferentes formas de olhar para o mesmo objectivo". Só assim se pode trabalhar em equipa, tendo todos o mesmo objectivo, e não conheço outro, no escutismo, que não seja o de formar as crianças e jovens e o de prepará-los para uma vida social mais activa e participativa.

Mas para atingir tais objectivos, por vezes perdemo-nos no caminho, perdemo-nos pelos "meios" e o claro exemplo disso, nos agrupamentos, como em toda a sociedade, prende-se com o dinheiro. As angariações de fundos, as saudáveis actividades pontuais para suportar uma ou outra actividade mais cara, tornaram-se numa luta desenfreada para suportar os agrupamentos, não sei se por falta de apoios externos, se por sede de ter sempre mais e mais. Mas para mim... sabe mal esta coisa de termos de meter os miúdos a fazer sempre alguma coisa para ganharmos dinheiro.

Sinceramente, não sei se haveria outra forma de suportar algumas actividades e alguns gastos do agrupamento, como em material e obras...etc... mas o que é verdade é que não gosto do espírito. Dá-me o estranho sabor de que o escutismo se transforma num negócio e que o C.N.E. começa a ser uma grande empresa.

Outra coisa, são as pedagogias, que embora todos saibamos que é impossível todos pensarmos da mesma forma e todos formarmos os miúdos da mesma maneira, penso que há orientações básicas para este processo formativo "informal".

Mas uma coisa é certa! Temos realmente um papel educativo na vida destas crianças, de outra forma não faria sentido qualquer metodologia ou mística. Não teria sentido esta coisa hierarquizada e este sistema de patrulhas que seguimos com tanto gosto e sentido!

Mas o que fazer quando não achamos correcta a postura pedagógica de um animador do agrupamento? E quando só a nós faz confusão, assim sendo que ninguém toma medidas em relação ao assunto? Que tipo de "luta" podemos ou não ter dentro do agrupamento para melhorar as coisas? Será que essa guerra diária faz sentido, será que esse braço de ferro leva a algum lugar? Ou é melhor deixar as coisas correr e esperar que isso não interfira no desenvolvimento dos jovens?

Por vezes penso que raio de formadores de jovens somos nós, quando por vezes temos atitudes típicas de gente mal-formada? Que exemplo somos nós? Um que eu, como pai, não gostaria de ver os meus filhos seguir, com toda a certeza!

Onde estão os nossos VALORES católicos pelos quais obrigatoriamente devemo-nos orientar?

Entre guerras internas, entre burocracias estupidificantes, entre falhas na comunicação, entre palmadinhas nas costas... entre todas estas coisas que nos desanimam e desmotivam...

No Escutismo não devemos ser apenas amigos, sejamos sim, irmãos em Deus, filhos de um mesmo pai.

Quem não tiver vocação para estar no Escutismo, escolha outro caminho, pois aqui queremos exemplos de carácter, responsabilidade e valores.

Quem sai a ganhar afinal???

Aqueles pelos quais nos dedicamos, não são de certeza!


Ano D.C. 2010

José António Goulart

sexta-feira, 19 de março de 2010

Ano 2000 D.C., duas realidades, dois encontros, dois Agrupamentos defirentes: 1064 da Horta-Açores; 890 de Évora - Alentejo. "DUAS CULTURAS-DUAS REALIDADES". Depois da recepção de intercambio realizado com o Agrupamento 890 de Évora na Horta e da participação no I Rover Açoriano, eis que foi a nossa vez de partirmos até ao Continente Português para concluirmos a segunda parte do Projecto. Assim a 26 de Dezembro de 2000, a Equipa de Pioneiros partiu à descoberta do Alentejo, nomeadamente Évora. Sete Caminheiros/as e um Dirigente, nomeadamente ANA MACHADO, DAVID PEREIRA, JOANE GOULART, JOSUÉ ALVES, MIRIA RODRIGUES, PAULO ALVES E SÉRGIO DIAS, acompanhado pelo Dirigente José António Goulart. O regresso aconteceu no dia 31 de Dezembro de 2000. Dias maravilhosos entre a descoberta de novas paisagens, novas realidades e a beleza de sabermos que alguns dos nossos caminheiros pela primeira vez tocavam solo continental. Esta foto demonstra a amizade e irmandade entre os escuteiros. De facto não precisamos estar ao lado uns dos outros para nunca nos esquecermos dos amigos. Penso que esta será a melhor homenagem a esta actividade que está sempre presente na nossa memória. Estava o Agrupamento no seu 5º. Aniversário.