quarta-feira, 26 de setembro de 2012


O Escuta orienta a sua vida pela Fé…

No início de mais um Ano Escutista, nada melhor do que recordarmos as palavras do nosso Assistente Nacional Pe Rui Silva:

 «De acordo com o plano trienal em execução, o CNE vai viver este ano escutista sob a égide e inspiração de São Pedro. Esta opção situa-se numa linha de continuidade e visa apontar a vida do Apóstolo como referência de discipulado da afirmação da fé em Cristo. Assim, e porque o seguimento do Mestre por parte de São Pedro é verdadeiro paradigma de uma caminhada de fé, em boa hora tivemos conhecimento da proclamação do Ano da Fé por parte do Santo Padre, que decorrerá de 11 de Outubro de 2012 a 24 de Novembro de 2013.

Para proclamar o referido ano o Papa Bento XVI dirigiu uma carta apostólica a todos os fiéis intitulada A Porta da Fé (que todos convido a ler). Ao acolher as sugestões que o Sumo Pontífice aí nos lança, encontraremos certamente a inspiração para melhor viver este ano escutista, promovendo um aprofundamento da fé que nos permita dizer em verdade: ”O Escuta orgulha-se da sua fé e por ela orienta toda a sua vida”.

O “orgulho” referido nesse princípio é acima de tudo a coragem e determinação em dar testemunho de vida de fé – ou, como refere o Santo Padre, “desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança” – e nada tem a ver com vaidade ou soberba.

A orientação da vida a partir da fé é, indubitavelmente, o que todo o cristão esclarecido persegue. De facto, a fé sem obras está morta (Tg 2,17) e, orientar a vida a partir da fé conduz à caridade pois, como afirma Bento XVI, “fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra realizar o seu caminho”.

Como recorda ainda o Santo Padre, “sucede não poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária.

Ora um tal pressuposto não só deixou de existir, mas frequentemente acaba até negado”. Penso que estas palavras nos devem fazer refletir numa atitude de auto avaliação, aferindo se o pressuposto da fé continua presente na nossa vida e se a fé que processamos é a fé da Igreja, como nos é recordado no sacramento do Batismo.

Readquirindo “o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da Vida, oferecidos como sustento de quantos são discípulos «de Cristo» (Jo 6,51) e, tendo como referência os documentos do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica, iremos certamente contribuir para o aprofundamento da fé de cada um de nós e dos escuteiros que nos estão confiados».

                                                                       (in-Flor de Lis – Setembro/Outubro de 2012)

Bom início de ano com votos de Boa Caça.

José António Goulart            (Agrup1064)             

 

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